BRASIL E CHINA:
GRANDES PARCEIROS COMERCIAIS

A relação entre o Brasil e a China provavelmente ocorre desde o século 19. Porém se concretizou nos anos 1990 com a expansão da economia internacional. Desde 2008, essa relação vem se solidificando cada vez mais, tornando fácil entender porque Brasil e China são grandes parceiros comerciais na exportação e importação de commodities.

POR QUE AS COMMODITIES SÃO A BASE DESSA RELAÇÃO?

Para começar a entender sobre essa relação, primeiro é necessário esclarecer o que é e como funcionam os commodities. A princípio, entende-se que cada país tem algum tipo de matéria-prima, entende-se que isso quer dizer os “ingredientes” essenciais/base para se fabricar algo. As commodities são produtos que funcionam como matéria-prima e que não sofrem alterações dentre localização e marca. Por exemplo, o celular não é uma commodity porque o design, funções, qualidade e acessibilidade dependem muito de quem fabrica. Em outras palavras, tem muita diferença de uma marca para outra. O milho, por outro lado, não perde suas qualidades principais de um país para o outro. Por isso, em qualquer lugar do mundo que você estiver, um milho será um milho.

Algumas características das commodities podem ser: grande relevância mundial; Pouca industrialização; Produtos de origem primária; Alto nível de comercialização (muita oferta e demanda); Qualidade e traços uniformes de produção; Não há diferenciação de marca; São produzidos em larga escala; E podem ser estocados sem perder a qualidade.

COMO FUNCIONA O COMÉRCIO INTERNACIONAL?

Primeiro, é importante saber que cada país tem recursos naturais para produzir matérias-primas diferentes. Isso é porque tudo depende do ambiente e das condições climáticas de cada um. Como em alguns países não existem disposições para a produção de algumas matérias-primas, por exemplo, é necessário importar. Ou seja, comprar esses produtos de outro país que é capaz de produzi-los em massa e vender (exportar). Por isso, ocorre o comércio internacional. É uma forma de movimentar a economia e suprir necessidades de cada região.

Em conclusão, a questão da oferta e demanda é importante para definir os valores do que é vendido e comprado. Por isso, é relevante saber que quanto maior a demanda da matéria-prima mais cara ela fica. Então, se existe muita exportação de um produto, mais caro ele é vendido e também é produzido em maior escala. Essa questão é fundamental para entender o motivo do Brasil e China serem grandes parceiros comerciais.

BLOCOS ECONÔMICOS

A princípio, e mais importante, parcerias entre países são fundamentais para esse tipo de comércio porque facilita o processo e incentiva a economia dos países envolvidos. Temos o Mercosul (Mercado Comum do Sul), afirmado em 1991, por exemplo. O Mercosul é um bloco econômico sul-americano. Ou seja, é uma espécie de acordo entre os países envolvidos para gerar livre circulação de pessoas e serviços. Isso permite que profissionais possam exercer suas funções e terem seus diplomas validados em qualquer um dos países associados. Neste caso, não é necessário visto ou passaporte para entrada nesses países.

De qualquer forma, comercialmente falando, é uma forma de aumentar as negociações entre os países ativamente participantes da aliança, diminuindo taxas e permitindo o livre comércio. No caso do Mercosul, os países envolvidos efetivamente são Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Todos os citados podem ser considerados grandes parceiros comerciais.

Entretanto, outra aliança que é importante mencionarmos, é o Brics, afirmado em 2001. Este é o agrupamento de cinco países emergentes. Ou seja, países subdesenvolvidos com grande potencial econômico e social. Eles são responsáveis por cerca de 42% da população; 23% do PIB (Produto Interno Bruto); 30% do território; E 18% do comércio mundial. Portanto, conta com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Países do BRICS
Países do BRICS
Brics
PIB, Comércio, Território e População do BRICS x Mundo

BRASIL E CHINA: IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

O Brasil, em resumo, é um grande exportador de matérias-primas por causa da enorme quantidade de recursos naturais que tem. Dando destaque para grãos, pecuária, extração de ferro e petróleo, que foram os mais exportados para a China. Entretanto, a China acaba não tendo tantos recursos naturais para exportação. Então isso faz com que ela seja uma grande importadora de matéria-prima.

Portanto, se a China precisa comprar e o Brasil precisa vender, é simples de entender que um supre a necessidade do outro. É por isso que, de forma simplificada, eles são grandes parceiros comerciais. Principalmente depois de 2009 a partir de reuniões promovidas pelo Brics para discutir e desenvolver estratégias comerciais.

Contudo, outro lado que é legal entender, é que a China, por não ter recursos naturais para vender para outros países, acaba vendendo produtos manufaturados. Por isso é muito comum vermos objetos do cotidiano com o famoso “Made in China” escrito. E também fica fácil de entender porque a China é a maior economia do Brics. Ainda assim, na perspectiva mundial, ela só perde para os Estados Unidos da América. Diante disso, para o Brasil, a China é o primeiro lugar em destino de exportações e importações. Isso ocorre porque vende muita matéria-prima para a China e compra muitos produtos chineses.

CHINA É O PAÍS COM MAIOR CRESCIMENTO ECONÔMICO DA ÚLTIMA DÉCADA

A China teve grande crescimento econômico devido às importações de matérias baratas com mão-de-obra barata. Em todo caso, essas exportações em massa ocorreram entre 1991 e 2001, durante a Globalização e foi muito bem sucedida. Nesta época, os países desenvolvidos passaram a levar suas indústrias para entrarem em funcionamento em países no qual a produção fosse mais barata. A ásia se tornou, então, grande foco para essas produções. Significando que a economia passou a depender do comércio e produção de países para países, afetando diretamente o Brasil.

Ainda assim, além da exportação barateada, atualmente os avanços tecnológicos da China contribuem para que o país se mantenha como grande potência comercial na atualidade. Então o desenvolvimento de tecnologias de ponta e criação de empresas com sedes em todo o mundo trouxe outro nível para a frase “Made in China”. Frase esta que, durante o início do crescimento econômico Chinês na Globalização, era muito conhecida como sinônimo de algo com baixa qualidade.

Por fim, essa relação é impulsionada pelo fato do Brasil ser uma grande fonte de recursos e economia participante do Mercosul e Brics. E também pela China ser uma das maiores potências econômicas no mundo. Portanto, o Brics, além de facilitar essa transação de produtos, acaba sendo uma ponte para parcerias e negociações em outras áreas além da comercial.

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